"Senhor, ensina-nos a orar"
Quando alguém se aproxima de seu chefe com
um pedido especial, talvez de um aumento, tenta ser cuidadoso, para não fazer
qualquer coisa que possa impedir uma resposta favorável. É mais provável que ele
faça um pedido se sentir que vem fazendo bem seu trabalho. Também, ele tenderia
a ser cuidadoso com sua atitude, sabendo que o chefe poderia perceber uma
atitude insincera ou hipócrita.
Quando nos apresentarmos a nosso Pai
celestial em oração, devemos esforçar-nos muito mais para remover qualquer
obstáculo que possa evitar que nossos pedidos sejam ouvidos por Deus. Jesus
ensina a importância de se aproximar de Deus com sinceridade em Mateus 6:5:
"E, quando orardes, não sereis como os hipócritas...." A palavra
hipocrisia, originalmente, se referia à representação dos atores gregos e
romanos. Os fariseus estavam quase representando em público para receber o
louvor dos homens, ignorando o fato que o motivo de suas orações deveria ter
sido adorar a Deus. Cada pessoa precisa perguntar-se: a quem ela busca agradar
quando ora, o povo que a ouve ou Deus?
Há vários exemplos de longas orações na
Bíblia que foram agradáveis a Deus (orações de Davi e de outros), mas as orações
longas e palavrosas dos fariseus não impressionavam Cristo, por causa de seus
motivos egoístas. Jesus condenou suas tentativas para impressionar os homens, em
Marcos 12:40: "...e, para o justificar, fazem longas orações...."
Suas orações não eram expressões do coração com a intenção de agradar a Deus;
antes, eles queriam aparecer proeminentemente religiosos. Eles disfarçavam seus
verdadeiros motivos com suas demonstrações públicas de devoção, mas Jesus
conhecia seus corações.
Jesus ensinou que não é somente importante
quanto oramos, mas também o que realmente dizemos e o que pretendemos quando
oramos. Ele condenou o uso de repetições vãs em Mateus 6:7. Ali, Jesus se refere
aos pagãos, que tinham o costume de repetir algumas frases sem sentido muitas
vezes na sua adoração. Os cristãos deveriam se concentrar no que estão dizendo a
Deus, uma vez que eles estão se comunicando com seu Criador e Senhor. Certamente
pesaríamos cuidadosamente o que diríamos se estivéssemos nos dirigindo ao
presidente da companhia onde trabalhamos, ou se estivéssemos falando com outra
pessoa muito importante. Por todo o mundo, o modelo da oração de Jesus em Mateus
6 é decorada e repetida mecanicamente mas, ironicamente, no mesmo contexto,
Jesus critica esta prática de vãs repetições.
Além do próprio ato de orar, há outros
modos pelos quais podemos prejudicar nossa comunicação com Deus. Mesmo que
oremos freqüentemente, como devemos, nossa conduta pecaminosa pode fazer com que
nossas orações fiquem sem resposta. Quando os israelitas persistiram no pecado,
Isaías lhes disse que Deus não ouviria as orações deles: "Vossos pecados
encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Isaías 59:1-2;
também 1:15). O pecado resulta em inimizade com Deus e evita que ele considere
uma petição favoravelmente. Se nos humilharmos, nos arrependermos e pedirmos o
perdão de Deus em oração, podemos aproximar-nos dele com a expectativa de que
ele ouvirá (2 Crônicas 7:14).
Não somente é necessário estar em paz com
Deus, mas devemos também buscar estar em paz com nosso irmão, quando oramos.
Jesus indicou a urgência de buscar a reconciliação com um irmão, quando ele
ensinava, em Mateus 5:23-24, que a pessoa precisa primeiro ser reconciliada com
seu irmão antes de fazer uma oferenda de adoração a Deus. Jesus ordenou a seus
discípulos que estivessem em paz uns com os outros (Marcos 9:50).
Quando Deus considera nossos pedidos em
oração, ele leva em conta como temos tratado os outros. Esta idéia é ensinada em
Mateus 6:14-15, onde Jesus afirma que não seremos perdoados se não praticamos o
perdão. Nossa má vontade em perdoa os outros é como o menino que pede o perdão
de seu pai por estragar o carro da família, mas se recusa a perdoar seu irmão
porque estragou a bicicleta dele. Deus tem-nos perdoado dívidas muito maiores do
que jamais teremos oportunidade de perdoar em toda a vida. Podemos esperar que
Deus responda a nossos apelos por ajuda do mesmo modo que mostrarmos piedade por
aqueles que pedem nossa ajuda ou perdão (Provérbios 21:13). "Sede
misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai" (Lucas
6:36).
Se removermos os obstáculos a nossas
orações, seremos capazes de nos aproximar de seu trono ousadamente, "a fim
de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião
oportuna."
por Gregory Roark
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a fumaça do incenso com as
Ap. 8:4
...e taças de ouro cheias de incenso,
que são as orações dos santos.
Ap 5:8c
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Obstáculos à oração eficaz
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