“Senhor, ensina-nos a orar”
Motivar cristãos a orar? Parece estranho,
não é? Entre todas as pessoas que não precisariam
de motivação para orar, os cristãos não precisariam. Contudo, por várias razões, precisamos ser motivados
a orar mais freqüentemente e mais fervorosamente.
Há várias passagens que ajudarão a encorajar-nos
a orar melhor, cada uma delas com a sua própria instrução. Contudo, para mim uma passagem sobressai – 1 Timóteo
2:1-7: “Antes de tudo, pois, exorto que se
use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de
graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade,
para que vivamos vida tranqüila e
mansa, com toda a piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja
que todos os homens sejam salvos e
cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e
os homens, Cristo Jesus, homem, o
qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos. Para
isto fui designado pregador e
apóstolo (afirmo verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade.”
Exortados por
Paulo
Paulo escreve a Timóteo, para que este se
conduza corretamente e cumpra o seu serviço em
Éfeso (veja 3:14-15). É interessante notar que Paulo começa ensinando as pessoas a orar (2:1), e orar corretamente (2:8).
A importância da oração é evidenciada pelo fato
que Paulo começou com esta instrução. Se era o
ponto de partida para Paulo, Timóteo e mesmo para os apóstolos (veja Atos 6:4), certamente a importância da oração não
pode ser exagerada.
Várias circunstâncias da
vida
Devido a ambientes, tempo e lugar, as
pessoas se acham em várias circunstâncias. Não
somente são pessoas diferentes umas das outras, até mesmo as circunstâncias na vida de uma pessoa podem mudar,
algumas vezes drasticamente. Ambos estes fatos
pedem vários tipos de orações. Paulo alista três
tipos de orações em sua breve instrução a Timóteo (2:1). Súplicas são
petições específicas a Deus pelas suas próprias
necessidades. Conquanto devamos guardar-nos
contra orar egoistamente (Tiago 4:3), é certo pedirmos por nossas legítimas necessidades e desejos. Intercessões são orações a
Deus pelas necessidades de outros. As aplicações
das intercessões por outros são incontáveis, e
muitas delas mencionamos freqüentemente. Isto nos ajuda também a olhar além de nós mesmos e focalizar em outros. Ações de
graças são, naturalmente, dar graças a Deus pelas
bênçãos recebidas dele. É vergonhoso ser ingrato
(Lucas 17:17-18; Colossenses 3:15). Contudo, isto inclui ações de graças “por todos os homens” – irmãos,
família, amigos e igualmente inimigos. Qualquer
destes pode ser um desafio para a vida fiel de tempos em tempos, por isso precisamos ser cuidadosos. Há tanto em
nossas próprias vidas e nas vidas de outros pelo
que orar que precisamos estar ativos!
Todos os homens precisam
orar
Já comentamos brevemente sobre várias
circunstâncias que deverão motivarnos a orar.
Agora, passamos a várias pessoas que precisam de nossas orações. Paulo especifica duas: reis e todos aqueles que têm
autoridade (2:2). Podemos entender facilmente
isto considerando o peso das responsabilidades que acompanham tais posições. Também é interessante notar que isto foi
escrito durante o tempo do cruel e depravado
governante Nero. Se Paulo instruiu os cristãos a
orar por alguém como ele, certamente podemos orar por nossos chefes civis hoje! Paulo precedeu isto, porém, com “em favor de
todos os homens”. É fácil orar por
aqueles que são bons para nós (Mateus 5:46-47). Paulo não pára aqui. Orar por “todos os homens” incluirá tais pessoas como
parentes rabugentos e irritadiços, vizinhos
antipáticos ou patrões abusadores. Deverá incluir até aquele cristão fraco sentado do lado de lá, ou aquele irmão maçante que nos
amofina constantemente. Deverá incluir até aquele
colega de trabalho que insiste em “nos cutucar”
até que percamos a paciência. Como vemos, irmãos e irmãs, quando realmente paramos para pensar nisso, há tantas pessoas pelas
quais deveríamos orar, começando por nós mesmos.
Temos tanto que orar, não é mesmo?
Vidas tranqüilas e
pacíficas
Paz de espírito e de vida, que mercadoria
cara em nossos dias! Oração habitual e fervorosa
contribui para ambas estas coisas. Nosso Deus a quem servimos pede aos seus
filhos que orem persistentemente a ele (Lucas 11:5- 13; 18:1-8). Quando orarmos de acordo com sua vontade (1 João
5:14-15), Deus ouvirá o transbordar de nossos
corações. Este transbordar pode ser por nossos próprios pecados, para resistir à tentação, por sabedoria, ou pode
ser apenas porque não temos ninguém mais para
quem possamos apelar! Podemos colocar nossos
cuidados sobre ele porque ele cuida de nós (1 Pedro 5:7).
Podemos ter paz interior, mas também
tranqüilidade exterior. Em sua providência, Deus
vê as necessidades de seus filhos fiéis. Isto inclui provisão e proteção. Não significa que nunca teremos tempos duros ou
desafios à nossa fé, mas que temos um Deus que está em comando completo e que
preservará seus filhos fiéis (João 10:28-29).
Então, deixe os desafios das circunstâncias virem como puderem; orações fiéis, fervorosas valem muito para uma vida
pacífica e devotada (Tiago 5:16; 1 Timóteo 2:2).
Bom e aceitável por Deus
Deus sabe o que é melhor para nós
(Deuteronômio 6:24). Ele sabe o que precisamos
antes que o peçamos a ele (Mateus 6:32). Então, por que ele nos instrui a orar? Porque ele sabe que é melhor para seus
filhos comunicar regularmente suas necessidades e
desejos a ele! Agradamos a Deus quando oramos
como deveríamos; o que isto sugere se oramos de outro modo? Nossa meta como cristãos é “seu inteiro agrado”
(Colossenses 1:10; 2 Coríntios 5:9). Ele
sabe os benefícios que recebemos da oração e se agrada quando tiramos vantagem plena das bênçãos que ele oferece quando
oramos com fé.
Cristo, nosso mediador
Um mediador é alguém que trabalha em
benefício de outro. Cristo é nosso Mediador com
Deus. Sua mediação foi inicialmente cumprida em sua crucificação, mas estende-se além disso. Temos um simpático
Sumo Sacerdote que nos ajudará (Hebreus 2:10-18).
Ele vive sempre para fazer intercessão por
aqueles que vêm a Deus através dele (Hebreus 7:22). Assim como Jesus foi ouvido em sua oração (Hebreus 5:7), assim Deus promete
ouvir e responder às orações de todos os seus
filhos fiéis (1 Pedro 3:12). A permanência ainda
de Cristo como nosso Mediador serve como incentivo final (do nosso texto) a orar freqüente, fervorosa e fielmente.
Conclusão
Motivações para orar: o que mais
precisamos? Encerro com um incentivo final.
“Ora, àquele que é poderoso para fazer
infinitamente mais do que tudo
quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo
Jesus, por todas as gerações, para
todo o sempre. Amém!” (Efésios
3:20-21).
Richard J. Boone
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Oração Acessa
a fumaça do incenso com as
Ap. 8:4
...e taças de ouro cheias de incenso,
que são as orações dos santos.
Ap 5:8c
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Motivados a orar?
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